O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta distribuirá até 15 de fevereiro “doses suficientes para vacinar todas as crianças [de 5 a 11 anos]” com a 1ª aplicação contra a covid-19.
A declaração foi realizada nesta 4ª feira (2.fev.2022) a jornalistas no Congresso Nacional. Queiroga acompanhou a sessão de abertura dos trabalhos do Legislativo em 2022.
Há 20,5 milhões de brasileiros de 5 a 11 anos, segundo cálculo do IBGE. O Brasil precisa de 45 milhões de doses para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos com duas doses –considerando 10% de reserva técnica. Para só a 1ª dose, é necessário a metade (22,5).
O secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que já há no Brasil 18,5 milhões de doses para serem aplicadas em crianças. Eis o estoque:
- 6 milhões de doses da Coronavac no estoque do governo federal em Guarulhos;
- 6,4 milhões de doses da CoronaVac nas redes estaduais e municipais;
- 6,1 milhões de doses pediátricas da Pfizer já distribuídas aos Estados.
A próxima entrega da Pfizer (de 1,8 milhões de doses) será em 7 de fevereiro. A remessa seguinte (também de 1,8 milhões) deve ser em 14 de janeiro.
O ministério costuma distribuir as doses no dia seguinte à chegada das vacinas no país. Com o envio, o Brasil terá 22,1 milhões de injeções em 15 de fevereiro, o suficiente para a 1ª aplicação em todas as crianças.
2ª dose
O Ministério da Saúde está negociando mais 10 milhões de doses com o Instituto Butantan, que afirmou ter o volume de doses disponível para entregue imediata.
O secretário Rodrigo Cruz afirmou que a compra deve ser firmada no começo da próxima semana (7 a 11 de fevereiro). Ele disse que essas doses devem ficar para a 2ª aplicação nas crianças.
O país terá ao menos 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer até março. Está negociando a entrega de mais 3 milhões de vacinas com a farmacêutica no período. Com o quantitativo, terá doses suficientes para as duas aplicações em toda a faixa etária de 5 a 11 anos (considerando a reserva técnica).
Eleições 2022
Nesta 4ª feira no Congresso, Queiroga se definiu como um “quadro técnico bolsonarista”. Ele havia sido questionado por jornalistas se ficaria no cargo de ministro da Saúde até o final do governo ou se disputaria as eleições deste ano.
“Vamos cumprir as missões que o presidente nos delegou. Eu sou médico a mais de 30 anos, nunca militei na vida política partidária, mas hoje sou um quadro técnico bolsonarista“, disse.
A lei determina que candidatos saiam do Executivo ao menos 6 meses antes da eleição –ou seja, até o fim de março. Queiroga ainda não anunciou sua candidatura.
Poder 360