Suspeito de insultos contra Douglas Silva, do BBB22, tem celulares e computadores apreendidos

O suspeito de fazer ataques racistas contra o ator Douglas Silva, participante do BBB22, teve celulares e computadores apreendidos pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (28). Ele também é investigado em outro inquérito policial, por suspeita de criar um blog e integrar um grupo extremista que faz ameaças a negros, judeus e homossexuais na internet.

De acordo com a delegada Andréa Mattos, titular da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, Aristides Braga deve ser ouvido sobre o caso ainda nesta semana.

“Eu já fiz o interrogatório dele [nesta outra investigação]. Ele diz que roubaram o perfil, que não é ele que faz os posts. O que eu quero agora é analisar o material que eu apreendi. Aí, depois eu vou interrogá-lo novamente”, diz.

A plataforma WordPress, que veiculava o blog com ofensas racistas contra Douglas Silva, retirou o conteúdo do ar.

A defesa de Aristides sustenta que ele teve o computador invadido e que não foi o responsável pela criação do blog ou pelas ofensas e ameaças.

Grupo investigado
Outro suspeito de integrar o mesmo grupo do qual Aristides faz parte, Israel Soares, também teve celulares e computadores apreendidos e foi preso na sexta-feira.

Em imagens publicadas na internet, Israel aparece fazendo uma saudação nazista, queimando uma bandeira que representa a comunidade LGBTQIA+ e também uma foto de George Floyd, homem negro morto por policiais nos Estados Unidos.

Em nota, a defesa de Israel afirma que está colaborando com as autoridades e que não concorda com a prisão preventiva dele.

“Esse grupo é formado por jovens, muitos deles recém saídos da infância, jovens de 13 anos, misóginos, racistas. Tem a questão de maltratar animais também”, diz a delegada Andréa.

Em dezembro do último ano, a tortura e morte de um cachorro em Lindolfo Collor, foi transmitida pela internet. A delegada destaca que o suspeito, um adolescente de 17 anos, também seria integrante do mesmo grupo.

O grupo extremista é investigado pela polícia desde setembro do último ano. Segundo Andréa Mattos, os suspeitos não estão ligados entre si apesar de fazerem parte do mesmo grupo.

“Eles agem individualmente mas agem com o mesmo propósito”, destaca.